Cruzar os braços é o mesmo que agredir-se,
quando todas esperanças estão escapando e ainda estão ao alcance. Não me atrevo
a sair daqui sem sonho. Não me permito. Não admito. Quando os elos que
orientavam despedaçaram, ressurgiu o homem. Com mortes. Sem perdas. Mil anjos
arrastam nuvens e harpas para apagar o incêndio e ensurdecer os demônios. Ouço
a canção, me guarda, me embala. E acordo diante das portas que se abriram para
as escolhas. Decifro versos forneço gestos golpeio tons. Meu medo não é refrão.
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