O apagar das luzes pesa sobre mim. Meu passado me examina, enquanto os segundos vacilam em suas cadências. Vejo um tolo. Vejo um bravo. Estou só.
A serenidade pousa nos lençois, de olhos abertos para os pequenos traços que a escuridão autoriza. Esse diálogo reinventa a história, e a escuridão abraça a serenidade, como em laço de núpcia, como se a noite fosse dirigir a nave para o mesmo vácuo da explosão inicial. A serenidade se permite na invasão... e vai... volta... fecha os olhos para captar as ilusões a que o ser se obriga.
Peço ao medo e à coragem o meu resgate; ao bravo e ao tolo, meus dias. Quero expulsá-los dali e conhecer meu sono. Gritam. Lacrimejo. Vejo a multidão naquele escuro. Estou só.
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